Os parceiros invisíveis de John A. Sanford

Coletivo Othala
26 de out. de 2021
2 min de leitura

Othala indica: sim sim sim, Os parceiros invisíveis!

Clássico, provocador e enriquecedor. Em Os parceiros invisíveis aprendemos mais sobre o dinâmicas anímicas. É importante lembrar que ao longo de sua obra, Jung não centralizou sua conceituação sobre anima e animus, esses conceitos centrais estão difundidos por toda a obra e sua definição vem sempre sendo atualizada por ele. Este livro de Sanford é um excelente estudo, pois se propõe a sistematizar as várias definições e seus desdobramentos. É uma leitura obrigatória na psicologia analítica.

Uma das sagacidades de Sanford é recorrer os conceitos de Yin e Yang para falar sobre as dimensões do feminino e do masculino, parafraseando-o: “Yang e Yin não são definidos em termos de papel, ou menos em termos de qualidades psicológicas, mas por meio de imagens”. Somos provocados a pensar o feminino como algo que transcende aquilo que entendemos de mulher, e de masculino como algo que não se limita a nossa compreensão de homem, em Yin e Yang encontramos polaridades primordiais e cosmogônicas, estruturas centrais da psique, por onde a libido flui.

Ao longo dos capítulos, Sanford contempla a dimensão interna quanto às dinâmicas relacionais que a projeção anímica magnetiza e colore... e quem é vivo sabe bem as mais diversas cores e aos mais diversos afetos que nossa anima e animus podem alquimizar, de paixão a desgosto, de amor a raiva.

Assim, o autor trabalha a polaridade que vivemos internamente “O homem em que o princípio feminino estivesse completamente ausente seria um ser abstrato, inteiramente separado do elemento cósmico. A mulher em que princípio masculino estivesse completamente ausente não seria uma personalidade… Somente a união desses dois princípios é que constitui um ser humano completo". E também nos leva a refletir sobre a nossa busca incansável daquilo que complementa nossa unilateralidade da consciência.

Vamos dar as mãos, e fazer essas viagens no mundo dos sonhos e dos afetos de braços dados aos nossos parceiros invisíveis.

Dica de @psi.jugi