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Mitologias Arquetípicas: Édipo

  • Foto do escritor: Coletivo Othala
    Coletivo Othala
  • 26 de out. de 2021
  • 2 min de leitura



Hoje em dia não sabemos muito como imaginar divindades. Perdemos a imaginação angelical e a proteção angelical. Desapareceu de todos os currículos - Teológicos, filosóficos, estéticos. Essa perda pode ser mais perigosa do que a guerra ou o apocalipse, pois ela resulta em literalismo, causa de ambos.”* É com essa citação de James Hillman que abrimos o post de hoje. Uma das maneiras de evitarmos o literalismo é através dos estudos psicológicos das figuras míticas. E é isso que estamos fazendo com a ajuda de Gustavo Barcellos em Mitologias Arquetípicas. Na discussão de hoje vamos abordar uma parte da mitologia já muito estudada pela psicologia e a psicanálise: Édipo. Como base para o estudo temos a tragédia grega conhecida como a Trilogia Tebana escrita por Sófocles que consiste em três partes: Édipo Rei, Édipo em Colono e Antígona. A proposta de Barcellos é encararmos Édipo como um representante do Homem. Édipo então é compreendido como um buscador de si mesmo, sua tragédia nos conta de sua jornada em busca da descoberta de si mesmo e o cumprimento de seu “destino”. Para além disso, acompanhamos uma interpretação da história aliada à Hillman, que nos propõe voltar nossas atenções ao infanticídio ao invés da já consolidada leitura do parricídio. O filho é o potencial que a mente dominante tem para um segundo sentido.”** Nas palavras de Barcellos temos: “É uma história paradigmática, excepcional e extraordinária sobre os nossos impulsos que matam as suas renovações. Sobre as instâncias psíquicas em nós que se sentem ameaçadas pelo novo, que, ao invés de entrar em relação com o novo, sentem-se ameaçadas e matam o novo.”*** Metanóia é voltar o pensamento para outra direção. Édipo faz isso, mas tragicamente, tem de literalmente cegar-se para poder fazê-lo. A história de Édipo é a realização de uma metanóia.” Ao cegar-se Édipo deixa para trás sua condição de Rei, uma imagem fortemente associada à ideia do Ego na psicologia Junguiana, também trabalhada na alquimia medieval, e passa a ser obrigado a focar-se em seu mundo interno, voltar-se para sua alma. James Hillman - “Guerras, armas, Áries, Marte”* James Hillman - “Édipo revisitado”** Gustavo Barcellos - Mitologias Arquetípicas***


Texto por: @Psi.eh Imagem: Édipo e a esfinge (1808) - Jean Auguste Dominique Ingres


Postado originalmente em @othalapsi no dia 13 julho de 2020.


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