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Mitologias Arquetípicas: Afrodite & Ares

  • Foto do escritor: Coletivo Othala
    Coletivo Othala
  • 26 de out. de 2021
  • 2 min de leitura



Continuando nossa jornada de estudos #JuntocomoGEPJ do livro Mitologias Arquetípicas.

Depois de uma breve introdução que busca orientar o leitor ao modo de análise do autor, Gustavo Barcellos propõe o estudo do par Ares/Afrodite (Marte/Vênus).

Entendendo-os como representantes do impulso à beleza/prazer e à destruição/agressividade, temos nesta imagem, como sugere o autor, elementos que são duramente reprimidos pelas bases judaico-cristãs da nossa cultura brasileira contemporânea.

A partir das histórias míticas destas divindades, sob a análise das relações entre os atores, temos o entrelaçamento de ambas. Logo, “o mito fala que onde encontrarmos o amor, a guerra estará por perto; e que onde encontrarmos o conflito e a discórdia, o amor e o apaixonamento estarão também por perto”.

Afrodite é compreendida aqui como estando presente em tudo aquilo que nos provoca encanto, brilho e atração. É o efeito magnético nas coisas, pessoas e histórias. Ares é o deus da guerra, do ímpeto combativo, é a força do início que precisamos no começo de uma nova empreitada.

Com Ares não há preocupação com estratégia, nem mesmo com vitória. Quem vai guerrear? Não importa. Importa é fazer a guerra. É este impulso em nós que nos faz agir.”

Apesar destes atributos que fazem dele uma persona non grata entre os deuses do olimpo, Barcellos ressalta, com base no trabalho de James Hillman, as virtudes deste deus. São elas: Nobreza; coragem; honra; lealdade; amor pelo companheiro entre outras. Então Barcellos nos diz que “sem essas virtudes você não faz guerra, você não faz amor. É preciso coragem para amar, para iniciar alguma coisa, para guerrear”.

Talvez essa seja uma das chaves interpretativas que podemos utilizar para compreender o porquê de Ares ser o grande amante de Afrodite. Sem a vontade, a ação e a coragem não temos como entrar em relação com aquele brilho de Afrodite de peito aberto e por ela sermos transformados, sujeitos a colher o seus frutos, suas dores e delícias.


Imagem: Marte e Vênus unidos pelo amor de Paolo Veronese.


Texto por: @Psi.eh


Postado originalmente em @othalapsi no dia 3 julho de 2020.


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