A morte é um dia que vale a pena viver de Ana Claudia Quintana Arantes

Othala indica: A morte é um dia que vale a pena viver.

Já faz um tempo que planejava este post, mas eu mesma me vi atravessada por um processo de luto, precisei de um tempo para reler este livro e ressignificá-lo.

Não está fácil, talvez você como eu, tenha perdido alguém também. Nesse contexto atual de mais de 900 mortes diárias por causa da pandemia de covid-19, as palavras de Ana Claudia se fazem ainda mais relevantes.

Neste livro os anos de experiência da escritora trabalhando em cuidados paliativos mostram que o contato com a morte não deixam ninguém indiferente, nos deixam mais humanos. As reflexões de Ana Claudia nos despertam para um relacionamento de mais respeito e reverência frente a morte, com quem morre e com os profissionais de saúde que fazem da vida (e da morte) sua profissão.

Para os nossos junguianos, destacamos um capítulo “O processo ativo de viver e morrer a dissolução dos 4 elementos” onde a abordagem moderna dos cuidados paliativos encontram as figuras alquímicas antigas que fazem poesia sobre o processo de morrer.

Ana Claudia não mede palavras, não usa eufemismos e não doura a pílula. Ela é franca e direta. E talvez por isso este seja um livro de tanta força e amorosidade. Nas linhas desse livro encontramos o acolhimento que acalmam os discursos inquietos, e validam o silêncio frente ao que é inefável.

Nosso desejo que possamos viver e morrer com dignidade e plenitude. Nos vemos em breve, até lá, fique com meu abraço.

Dica de @psi.jugi

A morte é um dia que vale a pena viver

Autora: Ana Claudia Quintana Arantes

Editora: Sextante

Originalmente publicado em @othalapsi no dia 26 de agosto de 2020.

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